Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...
domingo, 20 de maio de 2018
domingo, 6 de maio de 2018
Ser mãe é dar vida
O ventre materno é a primeira casa de um filho. A Mãe
transporta no ventre um mundo de emoções e sente cada metamorfose como um
milagre de vida.
Quando o filho(a) nasce esquece todo o mal-estar que uma
gravidez acata, enjoos, azia, dores de costas, pernas inchadas, as múltiplas idas
noturnas à casa de banho, enfim, são vários os incómodos que uma grávida tem de
passar durante o período de gestação até à hora do parto, isto no decorrer
normal de uma gravidez, porque muitas vezes há riscos acrescidos. Gravidezes de
risco, onde os cuidados são redobrados e acalentados, mas ser mãe é muito mais do
que isso e ser filho também. Ser mãe e ser filho é uma simbiose afetiva, um cordão
umbilical invisível onde o amor é alimentado para toda a vida, mesmo na distância
e ausência física.
Não sei bem se vou conseguir materializar em palavras o que
estou a sentir neste momento que sou mãe, mãe de três filhos tão iguais a si
próprios. Ser mãe não é um mar de rosas, não é um mundo de fantasia e de
extasiada felicidade. Ser mãe é dor e sofrimento, responsabilidade, preocupação,
receio, é um poço de dúvidas, é questionar-se dia após dia, é crescimento,
aprendizagem e amadurecimento.
Todas as relações íntimas são desinquietas e emotivas porque
são genuínas e na genuinidade existe a imperfeição e o que de tão humanamente
somos, sem a pretensão de esconder, disfarçar, ou tentar agradar. Somos o nosso
verdadeiro “eu” numa relação baseada em factos reais. É difícil para um filho compreender este mundo
de ser pai, ou mãe, possivelmente só o vai compreender verdadeiramente quando a
vida lhe proporcionar esse estado.
O respeito é a base de toda e qualquer relação harmoniosa.
O respeito é a base de toda e qualquer relação harmoniosa.
O Amor salva.
sábado, 5 de maio de 2018
sexta-feira, 4 de maio de 2018
O amor evoca
vontade e inteligência,
a arte, amor e pasmo.
Talvez o céu
tenha a cor que cada um lhe quiser dar, ou que as estrelas brilharão mais se as
sacudirem.
Que o carrossel se manterá em movimento se souberem da sua existência.
Que a relação mais íntima levanta pó e provoca reação imediata nos olhos.
Que o
medo pode ser um pássaro morto.
O tempo, uma âncora num cais de lodo.
Talvez a mão
seja, para uns, o peso da forma, para outros, a essência da percussão.
Talvez nunca
é. Talvez sim, talvez não.
Talvez as palavras
supliquem voz, ou apenas silêncio.
SML
SML
quinta-feira, 3 de maio de 2018
Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos
O Amor é a vontade de cuidar e de preservar o objeto cuidado.
Um impulso centrífugo, ao contrário do centrípeto desejo. Um impulso de
expandir-se, ir além, alcançar o que “está lá fora. Ingerir, absorver e
assimilar o sujeito no objeto, e não vice-versa, como no caso do desejo. Amar é
contribuir para o mundo, sendo cada contribuição o traço vivo do eu que ama. No
amor, o eu é, pedaço por pedaço, transplantado para o mundo. O eu que ama
expande-se, doando-se ao objeto amado. Amar diz respeito à sobrevivência através
da alteridade. Assim, o amor significa um estímulo a proteger, alimentar,
abrigar; e também à carícia, ao afago e ao mimo, ou a ciumentamente- guardar,
cercar, encarcerar. Amar estar ao serviço, colocar-se à disposição, aguardar a
ordem. Mas também pode significar expropriar e assumir a responsabilidade. […]
Se o desejo quer consumir, o amor quer possuir. Enquanto a
realização do desejo coincide com a aniquilação do seu objeto, o amor cresce
com a aquisição deste e realiza-se na sua durabilidade. Se o desejo se
autodestrói, o amor autoperpetua-se.
[…]
Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor é uma
rede lançada sobre a eternidade, o desejo é um estratagema para se livrar da
faina de tecer redes. Fiéis à sua
natureza, o amor empenhar-se-ia em perpetuar o desejo, enquanto este se
esquivaria aos grilhões do amor.
Zygmunt Bauman
Amor Líquido
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