O barulho da cidade aumenta-me o volume
da idade. Faz-me disparatar as palavras que caem ritmadas com o pranto das
árvores.
É este o retrato do outono que o pincel teima em pintar fecundando até ao núcleo dos meus olhos.
Emerge subitamente um banco cinza frio e nele deposito o meu corpo sentado.
Encerram-se as pálpebras, mas o olhar estende-se até à outra margem.
Surrealmente vêm-me ao pensamento Herberto e Freud.
Uma formiga traz-me de volta à realidade, mas antecipadamente sinto um rio a tecer-se na pele e a desaguar no teu corpo de fogo, num espasmo.
É este o retrato do outono que o pincel teima em pintar fecundando até ao núcleo dos meus olhos.
Emerge subitamente um banco cinza frio e nele deposito o meu corpo sentado.
Encerram-se as pálpebras, mas o olhar estende-se até à outra margem.
Surrealmente vêm-me ao pensamento Herberto e Freud.
Uma formiga traz-me de volta à realidade, mas antecipadamente sinto um rio a tecer-se na pele e a desaguar no teu corpo de fogo, num espasmo.
Sílvia Mota Lopes
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