Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

sábado, 14 de setembro de 2013

Quando regressei do lançamento do livro do Roberto Lima e do José bispo Os meninos de S . Raimundo a Alícia não estava bem e fiz-lhe este poema :)

Se tu não estás bem
É como se não existisse sol nem lua
É como se não houvesse rua
Nem casa para morar

Se tu não estás bem
É como se não existisse nascente
Nem sonhos para embalar

É como se não houvesse eu

Se tu não estás bem
É como se abrisse um livro em branco
Ausente de asas
E deixasse de voar

Se tu não estás bem
É Como se deixasse de acreditar em fadas
É como se não existisse
Amanhã
Nem tempo algum

Sílvia Mota Lopes

2 comentários:

Lídia Borges disse...


Espero que o poema
tenha tido
o efeito curativo

pretendido

Uma criança doente
E na alma
tudo que é belo
subitamente
parece que nos mente.



Um beijo

Lídia

Sílvia Mota Lopes disse...

Obrigada! :) esta semana vai fazer exames e vamos saber ao certo o que se passa com a princesa Alícia.
beijinho Lídia! gostei muito de te ter encontrado estes encontros inesperados não são obra do acaso! ;)