Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

domingo, 30 de setembro de 2012

Ali ou aqui?

 

Onde vais?

Vou ali

Mas o ali onde fica?

Fica ali ora essa!

Essa é que não sei!

Olha já vou que tenho pressa

Mas pressa para quê?

Para ir ali

Mas ali onde?

Já não vou!

Não vais porquê?

Porque agora fico aqui!

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