Da nebulosidade inicial, o Homem limpa os olhos, descobre o silêncio, caminha para o dia em direção à luz. O sagrado não se oculta, está em si, nele, no Homem, à procura da claridade que decorre por entre as mãos.
Do obscuro saber, o mito esmaga a exterioridade, leva o Homem à viagem interior, onde as cores revelam a presença do sagrado que se esmagam no encontro da sensibilidade, no ventre.
Da coisificação absurda, rodeante, o Homem projeta no universo, na tela, a desordem onírica, que espera, necessita, do olho, da água, da lágrima que dá ordem, sentido.
Na inquietude individual, o artista, o pintor, olha o mito, agarra a cabeça, mergulha nas cores, limpa os olhos, desvela a vida.
A Vida...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sinto escrevo, escrevo sentindo e escrevo para sentir

 

Escorre uma ou outra gota de suor
Cerro a boca apenas escrevo
Os dedos dançam freneticamente
Nas teclas do computador
Sinto não penso
Porque se penso muito deixo de sentir
E os dedos param de dançar
E já não há música
Não há palavras
Nem letras a flutuar
Ficam mudas
 Invisíveis
Amarfanhadas
Ninguém as pode alcançar
E o vento não as leva para aquele lugar
Aquele …
Que cada um guarda em si
No seu peito
Do seu jeito
No seu abrigo
No seu sentir

Sílvia Mota Lopes

sábado, 28 de julho de 2012

A asa ( escrito agora)


 Naquele trilho deserto
 Onde o verde ainda verdeja
 Encontrei uma asa no chão
 Perdida sem nome
 Não uma asa de ave
 Não uma asa qualquer
 Uma asa nunca vista
 Neste mundo de homem só
 Iluminada envolta de brilho
 Que cega a quem passa
 Não estava suja, nem tinha pó
Toquei para a sentir
 E o cheiro que emanava
 Não era perfume, nem jasmim
 Era algo que nos transcende
 Nunca senti cheiro assim
 Ela levitou e por instante
 Encaixou, colou em mim
 Fiquei um pouco assustada
 Mas mediante algo tão belo
 Não havia mal que me fizesse
 Mas…para que serve uma asa apenas?
 Perguntei,  pensei para mim
 Só com ela não posso voar
 Percorri mais uns passos
 Desta vez mais certos
 Mais à frente avistei
 Um  outro viajante
 Também ele com uma asa só
 Acelerei o passo
 E quando estava ao seu lado
 Olhei para ele
 E ele olhou para mim
 Deu-me a mão sem dizer palavra
 E eu, palavra não lhe dei
 E Mudos de mãos dadas
 Começamos a andar ao mesmo compasso
 Como se fossemos um só
 As asas começaram a bater
 Mais rápido que o vento
 Voamos quase sem dar por isso
 Percorremos o mundo
 Depois de o vermos de perto e de longe
 De chorar e de sorrir
 Até se tornar cada vez mais pequenino
 Voamos cada vez mais para longe
 Felizes por partir

 Sílvia Mota Lopes

terça-feira, 24 de julho de 2012

Não consegui resistir... uma mascote começada às 12.30 com o intervalo do almoço e terminada às 15.30

 
A vida não pode parar, o blogue também me dá forças e me distrai....tal como as pessoas que o visitam, que comentam e me dão palavras de apoio:)
Muito Obrigada:)
Esta mascote é para um concurso... ontem tive visitas em casa e pediram-me para fazer uma mascote para uma livraria...mas os jurados vão ser crianças.... como eu sei que elas adoram Dinossauros criei este 100% original, com as cores de Braga e azul como o logotipo da livraria....
espero que ganhe:)
tela, tintas acrilicas,corretor e marcador preto
ATENÇÃO noticia de última hora parece que o dono da livraria gostou tanto, tanto, tanto que já não vai haver concurso é a única mascote...só não sabemos o nome para lhe dar, alguém tem uma ideia???????

Características do Dinossauro:
Fresco
Engraçado
Inteligente
Alegre
Bem disposto
Simpático
Amigo
Sensível
Artista
e
ADORA LIVROS:)



sexta-feira, 20 de julho de 2012


As palavras afundam-se na terra
Vagueia apenas o pensamento
Voa com o orvalho da manhã
Enquanto o ar frio da noite espera
Toca na nuvem
Naquele vazio
Na gota em queda
Batendo pesada no vidro
Faz sorrir a madrugada
Que o dia se faz longe
Abraçando forte
O corpo enfraquecido
E por um instante
 A alma vence
Um corpo por si vencido

Pela rua quase nua




Pés descalços pela rua
De alma despida
Quase nua
Menina de saia rodada
Que outrora andava à roda
Agora travada e curta
Sem cheirinho a sabão
Nem a detergente de máquina
Nem tão pouco água limpa
Para lavar o seu coração
Restam as lágrimas caídas
Salgadas como as ondas do mar
E aquela dor forte no peito
Que suplica para cessar
Resta aquela lembrança
De um passado criança
Deitada sobre as pedras da rua
Menina quase nua
Coberta de folhas secas mas húmida
Desfalece tentando embalar a dor
E de súbito ouve aquela melodia
Que um dia a fez sonhar
É a voz de um anjo que já viu partir
E de mãos dadas…
Partem os dois a sorrir

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Na livraria Centésima página

 
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Jardins para comer

 
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Fabrica da massa

 
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massa esparguete

 
 
 
 
 
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Couve

 

Milho

 

Os tomates e o pimento ingredientes da pizza

 

Jardins para comer Pizza:)

 

Jardins para comer:)

 
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Na hora de ir embora a tela estava longe de estar terminada:)

 

A pintar a tela na avenida

 
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A pintar a tela ao vivo na Avenida

 

A pintar a tela na rua...